por alex.escobar
Gostei! O Cruzeiro foi corajoso, jogou com personalidade, soube suportar a pressão inicial e trouxe um bom resultado de La Plata.
Destaque para o goleiro Fábio que foi perfeito, com defesas de muito reflexo, sempre bem colocado e ganhando todas as saídas do gol. Nota dez

A defesa teve alguns vacilos pelo lado esquerdo no primeiro tempo, mas se acertou. Henrique e Marquinhos Paraná foram guardiões da entrada da área e Ramires segurou bem a bola.
Os que jogaram mal, como Kléber, Welington Paulista, Wagner e no primeiro tempo, o Gerson Magrão, pelo menos lutaram muito, não sossegaram.
No Mineirão, é hora de se impor. O Cruzeiro tem que agredir o Estudiantes, mas sem se desorganizar. Tem mais time e terá tempo para ganhar.
Estou muito otimista. Com a torcida ao lado, um campo maior , jogando no ataque e tocando mais a bola não vejo essa taça longe de BH.


Paredão' Fábio segura o empate sem gols do Cruzeiro diante do Estudiantes na final
Goleiro se destaca com ótima atuação na decisão da Taça Libertadores
Fábio foi o maior destaque na primeira final
Os primeiros 90 minutos da final da Taça Libertadores da América terminaram sem gols no lotado estádio Ciudad de La Plata, na Argentina. Melhor para o Cruzeiro, do goleiro Fábio, que segurou a pressão do Estudiantes e só precisa de uma vitória simples em Minas Gerais para vencer o seu terceiro título da competição continental em sua história.
A frustração foi grande entre os 36 mil torcedores argentinos, que apoiaram o Estudiantes do início ao fim. Lugares vazios só havia no lado dos visitantes, que tinham direito a 4 mil lugares, mas cerca de 300 cruzeirense foram a La Plata acompanhar o seu time do coração.
O segundo jogo da final está marcado para a próxima quarta-feira, às 21h50m (horário de Brasília), no Mineirão, em Belo Horizonte. Como o gol fora de casa não conta para a decisão do título, um novo empate leva a partida para a prorrogação e, se o placar permanecer igual, para a disputa de pênaltis.
Fábio segura o ímpeto argentino na etapa inicial
Muita fumaça e uma chuva de papel picado marcaram a festa na entrada do Estudiantes em campo e, como era de se esperar, o time argentino começou o jogo pressionando e adiantando a sua marcação para o campo do Cruzeiro. Sabendo do pavio curto de Kléber, Schiavi tratou de irritar o atacante celeste logo aos três minutos com uma falta no meio-de-campo e uma joelhada na sequência, que não foi observada pelo árbitro uruguaio Jorge Larrionda. Um início de confusão que se dissipou juntamente com a fumaça que impedia a visão do campo nos primeiros minutos.
A primeira finalização cruzeirense saiu apenas aos seis minutos em chute de Ramires, que bateu na zaga e se perdeu pela linha de fundo. Na cobrança de escanteio venenosa, Wagner deu um susto no goleiro Andújar. Um erro pode ser fatal numa decisão, e Henrique escapou de boa aos sete minutos. Na entrada da área, a bola quicou na frente do volante, que ficou esperando que ela descesse e a viu sendo roubada por Pérez, que também falhou no passe decisivo, desperdiçando uma presente.
O primeiro lance de real perigo foi do Estudiantes, aos 11 minutos, em falta na entrada da área, que Verón bateu com categoria e viu Fábio voar para impedir o gol argentino. A estrela do goleiro brasileiro voltou a brilhar aos 16 em chute cara a cara de Pérez, que o camisa 1 celeste espalmou para escanteio. Antes que o escanteio fosse cobrado, uma cena inusitada: um cano de água estourou atrás de meta cruzeirense, mas o problema foi logo solucionado pela administração do estádio.
Schiavi, enfim, aos 25, recebeu o cartão amarelo que vinha fazendo força para receber ao atingir duramente Ramires. Wagner cobrou a falta na área, a zaga aliviou, e o meia voltou a cruzar para a cabeçada de Wellington Paulista, que saiu à direita. Na disputa, Germán Ré levou a pior e teve que enfaixar a cabeça para continuar na partida.
Verón continuava incomodando e, aos 35, mais um de seus chutes bateu na zaga e saiu em escanteio. Pouco depois, Fábio afastou um cruzamento que vinha na direção de Schiavi, se chocou com o zagueiro rival, que ficou se contorcendo em dores na área celeste pedindo pênalti, que foi justamente ignorado pelo árbitro. Aos 38, foi a vez de Marquinhos Paraná salvar a Raposa em cruzamento de Germán Ré que tinha endereço certo: a cabeça de Fernandez na pequena área.
Kléber, figura apagada na etapa inicial e que sofreu faltas sucessivas da defesa argentina, perdeu a paciência com mais um tostão que recebeu dos adversários. O atacante foi reclamar com o árbitro e a única coisa que conseguiu foi receber um cartão amarelo. Era o que os argentinos queriam ao provocá-lo. O Estudiantes ainda teve duas chances antes do fim da primeira etapa com Fernández, aos 42, em chute que foi cortado por Leonardo Silva, e com Verón, aos 44, em bomba certeira que Fábio agarrou firme sem dar rebote.
Kléber perde a chance da vitória
A pressão do Estudiantes se intensificou ainda mais no início do segundo tempo com duas defesas salvadoras de Fábio em sequência. Primeiro, o goleiro espalmou um chute à queima-roupa de Boselli para a linha de fundo, e, na cobrança de escanteio, Desábato cabeceou firme e o cruzeirense fez um milagre em La Plata.
O Cruzeiro tentou se soltar após os sustos em sequência e Kléber arriscou o seu primeiro chute aos quatro minutos, sem muita direção. Aos seis, os cruzeirenses se revoltaram e pediram pênalti, pois após cruzamento de Wagner, Wellington Paulista se chocou com a zaga e ficou reclamando.
O clima foi ficando cada vez mais quente com Verón também sangrando após disputa com Ramires, que deixou o cotovelo, aos 13 minutos. 'La Brujita' teve que deixar o campo por alguns segundos para levar pontos e voltar ao campo logo depois. Três minutos após o primeiro embate foi a vez de Schiavi dar um "soquinho" em Wellington Paulista, que desabou no chão, tentando forçar a expulsão do adversário, que já tinha cartão amarelo. O árbitro não advertiu ninguém.
Comandado por Pérez, o Estudiantes se lança à frente, mas a ansiedade faz com que os argentinos percam bolas fáceis e abrem chance para que o Cruzeiro apareça com perigo na frente. Aos 28, Ramires cruza na área na direção de Leonardo Silva, que aparece livre, mas cabeceia para fora.
Com o Estudiantes perdido em campo, a Raposa começou a aparecer bem nos contra-ataques. Aos 35 minutos, Kléber perdeu a chance do jogo. Wagner cruzou, Andújar espalmou nos pés do Gladiador, que, com o goleiro adversário caído, mandou para fora. Aos 38, a conclusão de Wellington Paulista, após cabeçada de Jonathan, passou perto, mas também não exigiu trabalho do arqueiro rival. Aos 44, a última boa chance do jogo foi dos argentinos com Salgueiro, que chutou forte, assustando o goleiro Fábio, mas a bola saiu.
FICHA TÉCNICA:
ESTUDIANTES 0 x 0 CRUZEIRO
Andújar; Cellay, Desábato, Schiavi e Germán Ré; Braña, Verón, Enzo Pérez e Benítez (Nuñez); Gastón Fernández (Salgueiro) e Boselli Fábio; Jonathan, Anderson, Leonardo Silva e Gerson Magrão (Fabinho); Henrique, Marquinhos Paraná, Ramires e Wagner; Kléber e Wellington Paulista
Técnico: Alejandro Sabella Técnico: Adilson Batista
Cartões amarelos: Benítez, Schiavi e Desábato (Estudiantes), Kléber, Ramires e Wagner (Cruzeiro)
Estádio: Ciudad de La Plata (Argentina). Data: 8/7/2009. Árbitro: Jorge Larrionda (URU). Auxiliares: Pablo Fandiño (URU) e Mauricio Espinosa (URU).



Ao longo de mais de cinco meses, alguns dos principais clubes da América do Sul e do México se dedicaram à disputa da Copa Libertadores. Pelo caminho, 36 caíram. Na noite desta quarta-feira, às 21h50 (de Brasília) na cidade argentina de La Plata, Estudiantes e Cruzeiro iniciam o último capítulo da disputa que determina o campeão continental de 2009.
os dois times já se enfrentaram nesta competição. O Cruzeiro era o cabeça de chave do Grupo 5, ao qual o Estudiantes se juntou depois de eliminar o Sporting Cristal, do Peru, na primeira fase. O time mineiro se classificou em primeiro na chave, com 13 pontos contra 10 do adversário. No confronto direto, a vantagem foi argentina, com uma vitória por 4 a 0 em La Plata, contra os 3 a 0 que a Raposa fez em Belo Horizonte.
A partir das oitavas de final, as duas equipes cresceram de rendimento. Neste mata-mata, Cruzeiro e Estudiantes acumulam cinco vitórias e um empate cada, retrospecto que impressiona quando se considera o nível técnico dos rivais e a importância das partidas.
Outro fator interessante que cerca o duelo é o desempenho dos dois times em suas respectivas casas. O Estudiantes não só venceu as sete partidas que fez em La Plata, como também não sofreu nenhum gol. O Cruzeiro fez um jogo a menos no Mineirão, por ter entrado já na fase de grupos, e também ostenta 100% de aproveitamento. A regra dos gols fora de casa, aplicada nas outras fases de mata-mata, não vale para a final.
Isto acontece porque a tendência é que, na final, os dois times naturalmente procurem o resultado. Para o Cruzeiro, o mais importante é não deixar que se repita a goleada de 8 de abril, que seria praticamente irreversível. Naquela ocasião, a delegação teve problemas de deslocamento no trânsito da Região Metropolitana de Buenos Aires - La Plata fica a 56km da capital argentina, onde se hospedavam os celestes - e chegou atrasada ao estádio.
"É uma final. A motivação é diferente. Não que naquele jogo não tivesse, claro que teve. Mas na final o espírito vai ser diferente. Esperamos chegar lá e fazer um bom jogo, até porque o foco está todo voltado para a final. Queremos encaminhar nosso título no primeiro jogo. Se não der, é segurar lá para vencer o segundo", declarou Ramires.
A maior preocupação cruzeirense na Argentina, contudo, é com um adversário invisível a olho nu. É o vírus A H1N1, da gripe suína. A Argentina está sofrendo com um surto da doença, o que fez com que a diretoria celeste chegasse a propor jogos em campo neutro ou o adiamento da partida, o que não foi acatado pela Conmebol. Por precaução, o Cruzeiro se programou, ficando o mínimo de tempo possível no país vizinho.
Dentro de campo, o Cruzeiro ganhou mais um motivo para se preocupar. Juan Sebastián Verón, o maestro do Estudiantes, deve jogar. Ao menos, é o que todos dizem na imprensa argentina. O meia sofreu lesão muscular no jogo de ida da semifinal, contra o Nacional do Uruguai, e foi relacionado para atuar nesta quarta-feira, duas semanas depois.
Em seu próprio elenco, a Raposa tem um desfalque na zaga. Thiago Heleno, com dores no tornozelo direito, foi cortado da delegação que viajou à Argentina; Anderson irá substituí-lo. No meio-campo, como Fabrício continua fora, Henrique será o titular. No ataque, mesmo Thiago Ribeiro tendo voltado a atuar no último jogo do Brasileirão, Wellington Paulista é o parceiro de Kléber.
FICHA TÉCNICA
ESTUDIANTES X CRUZEIRO
Local: Estádio Ciudad de La Plata, em La Plata, Argentina
Data: 8 de julho de 2009, quarta-feira
Horário: 21h50 (em Brasília)
Árbitro: Jorge Larrionda (Uruguai)
Assistentes: Pablo Fandiño e Mauricio Espinosa (ambos do Uruguai)
ESTUDIANTES: Andújar, Cellay (Díaz), Schiavi, Desábato e Ré; Braña, Pérez, Verón e Benítez; Fernández e Boselli
Técnico: Alejandro Sabella
CRUZEIRO: Fábio; Jonathan, Anderson, Leonardo Silva e Gerson Magrão; Henrique, Marquinhos Paraná, Ramires e Wagner; Kléber e Wellington Paulista
Técnico: Adilson Batista