quarta-feira, 25 de abril de 2012

Ídolo, eu? Alex rejeita título de ídolo e diz já saber em qual clube vai encerrar carreira



na ausência de jogo do cruzeiro no meio de semana trouxe uma entrevista do ídolo Alex dada ao site placar , confira .

Ídolo, eu?
Alex rejeita status de estrela de palmeiras e de coritiba, esbraveja contra Fla e imprensa turca e diz que já escolheu onde encerrará a carreira
Enquanto PLACAR conversava com Alex, no café do condomínio onde ele mora, na parte asiática de Istambul (Turquia), a entrevista foi interrompida 12 vezes por torcedores pedindo foto e autógrafo. E isso porque ele quis marcar a entrevista lá “para ter mais privacidade”. Era um sábado de manhã, com pouquíssimas pessoas na rua. Isso reflete a adoração de Alex, prestes a ganhar uma estátua em frente ao Fenerbahce, seu clube atual.
P: O Fenerbahce enfrenta uma crise política — com a prisão do presidente, envolvido na máfia das apostas. Muitos jogadores abandonaram o barco. Por que você não?
R: A acusação é diretamente a ele. Eu não tenho nada a ver com isso. Quando surgiu essa história ele foi muito honesto com os jogadores e falou que o clube passaria por dificuldades financeiras. Quem quisesse sair, que ficasse à vontade. Talvez o único que tenha realmente saído por causa dessa situação foi um centroavante nigeriano chamado Emenike. Ele não se sentiu confortável, saíram algumas denúncias na mídia envolvendo o nome dele. Aí ele acabou indo para o futebol da Rússia.
P: Até que ponto a confusão política do clube atrapalhou o rendimento da equipe?
R: Nosso treinador se perdeu um pouco. Ele e os dirigentes estavam mais preocupados com a situação política do time do que com o nosso sucesso em campo. Mas as coisas já começaram a clarear. A figura do presidente era muito centralizadora e quando ele foi preso o clube meio que perdeu esse centro.

Alex, no início da carreira, quando defendia o Coritiba
P: Passou por alguma saia justa por causa disso?
R: Um jornalista turco apontou que eu estava envolvido em duas partidas do processo, que eu tinha feito oferta de propina. É que eles têm uma gravação em que o diretor do nosso time conversa com o outro e pergunta: “O que o Alex acha do jogo?” “Pô, o Alex falou que vamos ganhar o jogo”. É lógico. Perguntavam e eu falava que a gente ia ganhar, né? E aí o cara pôs do nada que eu estava ligado nisso porque eu tinha certeza que iríamos ganhar. Aí vim a público muito bravo e falei: “Tenho seis anos aqui, pego cada centavo de dólar que recebi nos meus contratos e devolvo para o Fenerbahce.
Meu nome não vai ser sujo por um repórter que não sabe o que fala”. Aí ele veio à tona, se retratou, pediu desculpa em público. Depois, o Ministério Público fez uma carta por meio dos promotores dando nome aos envolvidos na máfia das apostas e dizia que eu não tinha envolvimento algum. Foi um constrangimento.
P: Os turcos são extremamente malucos por futebol?
R: Aqui a gente vê coisas que, eu tenho certeza, só vou ver aqui. Tipo o cara casar vestido de fraque com aquele bando de convidados e a noiva de branco com buquê na mão, dentro de um estádio de futebol. Ou na porta do seu clube antes ou depois de um jogo. Ou o seu time voltar 3 da manhã e ter 4000, 5000 pessoas te esperando no aeroporto, independentemente do resultado. Ou colocar 50000 mulheres num estádio de futebol, numa segunda-feira, às 9 da noite. Isso é loucura.
P: Isso o incentivou a ficar mais tempo por aqui?
R: Foi um das coisas que me seguraram por tanto tempo. Certamente a paixão do torcedor, pra quem joga futebol, é muito importante. Joguei nove anos no Brasil e sete anos aqui. Muitas vezes no Brasil, isso era praxe, jogando num Palmeiras ou Cruzeiro fortíssimos, a gente indagava antes de algumas partidas: “Será quedá 30000 hoje? Será que vai lotar?” Aqui, quando tem 35000 no campo
reclamam que o estádio está vazio.
P: Os torcedores do Fenerbahce fizeram uma vaquinha para construir uma estátua sua?
R: Sim, a base dela já está montada. A abertura seria 4 de dezembro de 2011, e os convites até foram distribuídos. Não aconteceu porque houve problemas políticos no clube.

P: Você é ídolo do Cortitiba, do Palmeiras, do Cruzeiro e do Fenerbahce. O que você acha que faz para conseguir tanta admiração?
R: Não faço nada de diferente. Não me considero um ídolo do Coritiba. Eu subi lá no momento mais difícil da história do clube, o clube vivia numa merda só, não tinha dinheiro pra nada nem lugar pra nada. Aí nós, a molecada que vinha da base, conseguimos colocar o Coritiba na primeira divisão de novo. Hoje o time é de respeito, mas na minha época era uma merda mesmo. No Palmeiras joguei num time fortíssimo, com outros jogadores famosos. Naquele período, dos 11 titulares, talvez eu fosse um dos mais criticados. Acho que a minha afirmação no Palmeiras foi só com a Libertadores, mas, mesmo nela, todo jogo eu era substituído. O Felipão me tirava todos os jogos! A idolatria pelo Alex só aconteceu após a minha saída. Ainda mais porque não voltei mais, né? Acho que o palmeirense só me deu mais valor quando saí.
P: Seu nome foi especulado pelo Grêmio. Até que ponto chegou essa negociação?
R: Não, não existiu. Essa coisa existe por causa do Luxemburgo. Aonde ele vai, ele tem como referência de montagem de time jogadores com a minha característica. Como eu tenho uma relação de amizade grande com ele, surgiu isso. Surgiu também com o Real Madrid, com o Atlético Mineiro, com o Flamengo… Até tive uma conversa com o Palmeiras há uns três anos, quando ele foi o treinador. Mas não teve nada com o Grêmio.

Alex liderou o Palmeiras na conquista da Libertadores de 1999
P: Chegou a negociar mais seriamente com algum clube brasileiro nesses anos?
R: Só o Palmeiras. Conversei muito sério com eles na época do Muricy Ramalho, vieram aqui para a Turquia por três dias e conversamos muito. Mas não aconteceu.
P: Você fez parte da última geração vitoriosa do Palmeiras, da Libertadores de 1999. Tem alguma explicação para esse período conturbado do clube?
R: Politicamente, o clube sempre foi complicado. Ao que parece, vendo a distância, não mudou muita coisa. E hoje há poucas referências das antigas lá. Hoje a gente conversa entre os jogadores e a maioria não quer ir para o Palmeiras, todos falam que lá é complicado de jogar e difícil de trabalhar. E durante esse período vejo que isso aumentou. Até fazem boas campanhas, mas na “hora H” as coisas não acontecem. Acho que o clube tem que se organizar na parte de cima e aí, pela grandeza e pelo potencial que tem, voltar a jogar melhor.

P: E o Cruzeiro? Há quase dez anos que o clube não ganha nenhum título importante. Ou seja, desde que você se foi…
R: Ah, tô achando que a culpa é minha! [risos]. Não sei mesmo muito bem como estão as coisas lá hoje. O Cruzeiro da minha época era um clube muito organizado e desenhou uma situação que foi alcançada. Mas vi que depois aconteceram coisas estranhas, como a saída do Ramires, num momento decisivo de Libertadores. Vi aquilo a distância e não acreditei. Era a figura do time, o jogador
principal, qualquer contrato daria para atrasar dois ou três meses que não mudaria nada para o Cruzeiro nem para ele… Agora eu acredito que para o doutor Gilvan [de Pinho Tavares, presidente do clube] não seja um momento tão difícil de transição, porque não é uma figura desconhecida. Muita coisa que ele está vendo não é novidade. Acredito que o cruzeirense vai ter que ter paciência.
P: O Flamengo ainda lhe deve dinheiro?
R: Não, graças a Deus. O Flamengo me pagou um ano e meio depois (que terminou o contrato). Meu advogado trabalhou bem, dificultou as coisas para eles. No Flamengo eu me arrependi de ter ido pra lá logo no primeiro dia em que cheguei. Era uma bagunça. Era horrível, o campo de treinamento, o ritmo de concentração, o vestiário, o grupo de jogadores… Ninguém se preocupava com o futebol em si. A concentração era marcada às 18h, meu companheiro de quarto chegava meia-noite. E ninguém falava nada… Era tudo empurrado com a barriga. E eu fui mal pra caramba, o time foi mal, tudo foi ruim. Mas foi bom que eu aprendi que seriedade no futebol valia a pena.
P: Qual das Copas você se sentiu em melhor condição de disputar: 2002 ou 2006?
R: Todas, incluindo 2010. Falando da parte técnica, todas. Mas falando de proximidade, a de 2002. A Copa estava lá e eu próximo, joguei a Eliminatória praticamente toda, quase todos os amistosos, joguei com quase todos os treinadores. Tecnicamente, em 2006 eu também estava bem, mas estava na Turquia, acho que se eu estivesse no Brasil naquela época eu teria mais chances. Em 2010 eu já
tinha desistido, porque o Dunga esteve na Turquia pouco antes, me viu bem, mas não me levou. Na época até convocou o Bobô, que estava no Besiktas, para um jogo contra a Irlanda, mas não quis me chamar.
P: Por qual razão você acha que ele não o levou?
R: Ah, seleção brasileira são jogadores de confiança do treinador. Se ele confia em você, te leva. Essa história de que são os melhores é mentira. E a gente vê isso hoje, com o Mano.
P: Sua geração é repleta de bons jogadores de meio-campo. Isso aumentou suas dificuldades de se manter na seleção?
R: A minha dificuldade era maior, claro. Hoje eu brinco, vendo o Ganso jogar — realmente ele é fantástico, joga muito, eu sento para ver ele jogar. A leitura que ele faz da bola é fantástica — mas o Ganso, hoje em dia, deve ter só ele no Brasil. No meu caso existiam algumas acusações, de pouca participação, que eu não marcava e não ajudava. O Ganso tem algo muito parecido com isso, mas o pessoal protege, porque só tem ele no Brasil. Na minha época, para uma vaga na seleção, eu tinha que disputar com Juninho Paulista, Juninho Pernambucano, Djalminha, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho, jogadores de muita qualidade.

Alex também se firmou como ídolo do Fenerbahce
P: Quem você aposta como destaque da seleção para 2014?
R: Neymar e Ganso. Mas eu gosto muito do Lucas, do São Paulo. Acho que ele tem muita qualidade e muita condição para se destacar na Olimpíada e depois na Copa. Gosto do Mano, mas acho que treinar a seleção é muito difícil. Necessita tempo e ele não tem. Não temos a facilidade da Espanha, que pode pegar metade do Barcelona e praticamente transferir. O Barcelona só é melhor que a Espanha porque tem Messi e Daniel Alves, senão seria a própria seleção.
P: Ter escolhido atuar em outro país já mais experiente ajudou ou fechou caminhos?
R: Eu ter vindo com 27 anos com certeza me ajudou bastante. No meu primeiro ano aqui fui muito criticado, eu sou totalmente o contrário de tudo que o turco gosta num jogador de futebol. O futebol turco é de briga, de luta, de vontade, dificilmente a bola para. O pessoal dizia que eu era lento e minha participação era pouca. E nesse caso, ter 27 anos e já ter jogado em lugares difíceis, como no Coritiba e no Palmeiras, me ajudou. Jogar fora do país não é só jogar bola. No Brasil é só jogar bola. Mas fora, você, além de jogar bola, tem que entrar na sociedade, buscar novos amigos, falar outra língua… Muitas vezes isso se reflete dentro de campo e faz com que o cara não suporte viver em outro lugar.
P: Surpreende ser um meia e estar numa faixa de 400 gols?
R: Surpreende, é muito gol! Ah, acho que vou passar dos 420 gols e, se tudo der certo, vou chegar aos 1000 jogos. Eu lembro que demorei uns três meses pra fazer meu primeiro gol no profissional e meu pai até brincou comigo: “Se você fizer uns 200 na carreira toda tá bom”. Quando cheguei aos 200, falei que ia dobrar isso.
P: O futebol turco não é visto no Brasil. Tem algum jogador brasileiro que merecia alguma chance na seleção?
R: Acredito que só o Felipe Melo, que está jogando bem aqui e já teve experiência na seleção. Mas não sei se o Mano o imagina lá…

P: Você se vê jogando por mais quanto tempo? Volta para o Brasil?
R: O plano é não ter plano (risos). Bom, até maio de 2013 fico no Fenerbahce, que é quando acaba o meu contrato. Depois, realmente não sei. Quando meu contrato acabar, vou ter quase 36 anos, não vai ter muito o que inventar. Agora é escolher um time para encerrar a carreira.
P: Que time seria esse?
R: Na minha cabeça já está meio que desenhado, mas deixa ali dentro que ainda não destravei o segredo!



Matéria do site da Placar
Por Laura Capanema, de Istambul

comente

10 comentários:

  1. Agente ia para o mineirao em 2003, ja sabendo que o Cruzeirao iria dar show!!!
    Esse cara arrebentava com a bola, nosso time jogava com musica, e o Alex era o maestro do time.
    Tenho 45 anos de idade, e confesso... desde que realmente eu entendo de futebol, ele foi o melhor jogador que vi jogar no clube celeste.
    Joga muito, joga uma barbaridade.
    Tem hora que o Roger tem uns lampejos de Alex.

    ResponderExcluir
  2. Falando em ROGER... neh SEVERINO do Popote...
    o cara eh tao ruim, tao ruim, que o time do atretikim, diretoria, torcedores, tecnico cuca, estao todos doidim pra que o tribunal de justica julgue o Roger ja essa semana.
    Serah porque??????

    ResponderExcluir
  3. O meia Souza assinou contrato de empréstimo com o Cruzeiro, nesta quarta-feira, na Toca da Raposa II. O jogador tem vínculo com o Fluminense até o fim do ano e o Tricolor cedeu o atleta gratuitamente, mas seus direitos federativos e econômicos continuam presos ao clube carioca.

    Depois de dezembro, Souza ficará livre e, por conta disso, já tem um pré-contrato assinado com o Cruzeiro para ficar na Toca da Raposa até o fim de 2013, sem vínculos com o Tricolor.

    O empréstimo do armador aliviará a folha salarial do Fluminense, pois o Cruzeiro arcará com todas as despesas do atleta. Souza é o terceiro reforço da era Alexandre Mattos à frente da diretoria de futebol celeste. Os outros foram o volante Charles e o zagueiro Alex Silva.

    ResponderExcluir
  4. Prezado LIZARDO!

    Nunca disse que o Galera é ruim, nunca chamei ele de pereba, jamais o chamei de perna-de-pau, nunca desejei que ele quebrasse a perna..jamais fiz uma única crítica a sua técnica.

    O grande problema, é que ele não tem mais a menor condição de praticar a profissão e já deveria ter se aposentado a tempos.

    Juninho Pernambucano, no Vasco, recebe apenas por partidas que disputa e por gols que marca.

    A diretoria do Cruzeiro, deveria chamar esse encosto no canto..e lhe fazer uma proposta semelhante até dezembro..que é quando nos livraremos definitivamente dele.

    Ô mês de dezembro que não chega logo, sô!

    Sdçs!

    ResponderExcluir
  5. QUE soninho!!..

    Lembrando do Alex, o talento azul..e vendo esse tal de Galera.

    Dá um soninho, mas dá um soninho.

    Sdçs!

    ResponderExcluir
  6. Aléx já disse que no Brasil jogaría no cruzeiro ,palmeiras e coritiba , porém como ele em meio termo deixa a entender que ficou uma certa mágoa com o palmeiras foi categórico ao falar que o curitiba era uma merda e diz já ter escolhido o clube para encerrar carreira parece que ficou no ar que esse clube pode ser o cruzeiro ,como ele é um cara que se cuida pode ser que até lá ainda tenha algo de bom para apresentar .

    ResponderExcluir
  7. Nobre ZP!

    Mesmo que não tenha muita coisa de bom para apresentar..Alex, será muito bem-vindo para encerrar sua carreira no Cruzeiro.

    Esse sim, merece gozar de uma condição especial..pois deixou para sempre seu nome gravado na história do clube.

    Sdçs!

    ResponderExcluir
  8. alex é o maior jogador que vi jogar pelo cruzeiro e já vi gente comparando o montillo a ele o que pra mim é um absurdo.
    o que fica é a saudade dos tempos em que se via por aqui alex, sorin, aristizabal, dida, cris, entre outros que jogavam muita bola

    ResponderExcluir
  9. JAECI CARVALHO Pateticano!!!!
    Ontem eu esta assistindo o jogo do Ameriquinha Vs Argentino Jr pela internet, mais precisamente no Portal Uai que transmitiu o jogo, e no intervalo do jogo deixaram os microfones abertos, foi quando o Jaeci Carvalho perguntou pra alguem qual era o placar do jogo do atretikim de VespaziANUS, ai alguem falou que o Goias estava vencendo de 1x0, nesse momento o Jaeci ficou toda nervosinha e disse:
    "Essa meeerda desse time do goias" , deu pra perceber que ele ficou bem irritado com o placar.
    kkkkkkkkkkk!!!! Esse mala soh podia ser eh atleticano mesmo!

    ResponderExcluir
  10. Em negociação com a BWA para mandar jogos no Independência, o Cruzeiro enviou proposta à concessionária que administrará o estádio nessa quarta-feira. A promessa do grupo é de que responderá aos dirigentes celestes até esta sexta-feira.

    “Recebemos a proposta. Vamos analisar e responder ao Cruzeiro até sexta-feira”, afirmou Bruno Balsimelli, responsável por dirigir o Independência enquanto o estádio estiver sob concessão com a BWA.

    Balsimelli rechaça dar qualquer privilégio ao Cruzeiro na negociação. “Os clubes, para mim, são todos iguais. O América assinou um contrato conosco e ele vai jogar aqui. O América não sai daqui. O Atlético assinou com a gente para jogar por dez anos e não vai sair daqui. Dei uma contrapartida ao que foi ofertado ao Atlético. O que aconteceu com o Cruzeiro é que também foi ofertado e ele não quis, à época que era outro presidente”, disse.

    “As condições para o Atlético e o América jogarem aqui, eu tenho de colocar na mesa para o Cruzeiro nas mesmas condições. Não posso privilegiar o Cruzeiro neste momento. Sou uma empresa privada e não posso privilegiar nem um nem outro”, acrescentou o dirigente da BWA.

    Segundo Bruno Balsimelli, os clubes que mandarem seus jogos no Independência terão gastos entre R$ 10 mil e R$ 90 mil por partida. Antes do fechamento do Mineirão, eram desembolsados R$ 5 mil para o aluguel por cada partida no estádio da Pampulha. Atualmente, são pagos R$ 1 mil pelo uso da Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.

    A BWA nega que o acordo preveja exclusividade de jogos do Cruzeiro no Independência. “Acho que o equipamento comporta X número de jogos, e não Y. Acho que dá para o Cruzeiro jogar a maioria das partidas aqui e o resto no Mineirão, ou o inverso. Numa quarta-feira à noite, por exemplo, ninguém dá para jogar no Mineirão, por causa do entorno, da localização. Imagine o custo para abrir um estádio daquele tamanho”, observou.

    Em meio às negociações para voltar à capital, o presidente Gilvan de Pinho Tavares afirma que não terá pressa para concluir acordo com a BWA. “Não podemos dar prazo. A BWA é a empresa que ganhou a licitação do Independência e vai explorar o estádio. Então não podemos dar um prazo para assinarem o contrato. Eles têm todo o interesse em assinar o contrato com a gente, porque estão perdendo dinheiro”, disse.

    Por enquanto, o clube celeste mantém os mandos de campo na Arena do Jacaré. A aposta da diretoria celeste é de que a BWA ceda na negociação, já que a presença do Cruzeiro no Independência poderá ampliar a arrecadação da concessionária com o estádio do Horto.

    “Se respeitarem nossas condições, o Cruzeiro vai jogar no Independência este ano. Mas tenho certeza que vai aceitar. Não têm como não aceitar, porque eles precisam do Cruzeiro. O Cruzeiro é indispensável para eles recuperarem o investimento que fizeram”, ponderou Gilvan de Pinho Tavares.

    ResponderExcluir

"Se todas as batalhas dos homens se dessem apenas nos campos de futebol, quão belas seriam as guerras".