segunda-feira, 20 de abril de 2009

CRUZEIRO 100 JOGOS NA LIBERTADORES





Cruzeiro - Muita história para contar em 100 jogos na Libertadores (20/04)
Bruno Furtado - Portal Uai
Jogo de quarta, contra o Deportivo Quito, entrará para a história do clube


Arquivo Estado de Minas
Cruzeiro campeão da Taça Brasil de 1966 foi a base que estreou na Libertadores, em 67


O Cruzeiro chegará nesta quarta-feira, no Mineirão, diante do Deportivo Quito, do Equador, ao seu 100º jogo pela Copa Libertadores, competição mais importante e mais tradicional interclubes das Américas e que está em sua 50ª edição.

O direito de estrear no torneio, em 1967, foi conquistado com o título da Taça Brasil de 1966, sobre o poderoso Santos de Pelé, com vitórias por 6 a 2 no Mineirão e por 3 a 2 em São Paulo. Era o começo de uma trajetória de sucesso, que culminou com duas conquistas, em 1976 e 1997, a perda de um título para o Boca Juniors nos pênaltis, em 1977, e dezenas de outros jogos marcantes para atletas, técnicos e torcedores.

Graças às 11 participações na Libertadores, o Cruzeiro se tornou um clube mundial e respeitado por onde passa. Ao todo, 170 jogadores vestiram a camisa celeste na competição e ajudaram o clube a conquistar 59 vitórias e 16 empates. Os mesmos lamentaram 24 derrotas, sendo apenas três no Mineirão.

O Cruzeiro sofreu 106 gols e marcou 188. O primeiro deles foi convertido pelo atacante Evaldo em 19 de fevereiro de 1967, logo no primeiro jogo, disputado em Caracas, na Venezuela, contra o Deportivo Galícia. O craque relembrou ao Superesportes aquele feito histórico. “Foi um escanteio cobrado pelo Natal da ponta direita. O Procópio, que era grandão, foi para a área e desviou de cabeça no primeiro pau. Eu fiquei na sobra, na outra trave, e completei para o gol”, contou Evaldo, hoje comentarista esportivo.


Arquivo Estado de Minas
Evaldo tem nome marcado na história do Cruzeiro - fez seis gols na Libertadores

Evaldo lembra que, na época, jogadores viam a Libertadores com desconfiança. A Copa fora criada em 1960 e não tinha o prestígio de hoje, com cotas e premiações. “Era a pior impressão possível. Você não tinha informação sobre seus adversários, a forma como jogavam, como funcionava. Os jogadores estrangeiros batiam muito e os juízes deixavam correr. Era diferente. Tinha que ser bom e macho para jogar”.

A Libertadores de 1967 proporcionou aos jogadores da época situações inéditas e inusitadas. Nos jogos pela semifinal, em Montevidéu, contra Nacional e Peñarol, o elenco foi vítima da desinformação e da falta de estrutura. “O Cruzeiro não costumava viajar. Isso virou rotina depois da Taça Brasil de 1966. Então não tínhamos nem material de viagem. No Uruguai, passamos até frio. Saímos de Belo Horizonte com camisa de manga e levamos um susto quando chegamos a Montevidéu naquela ventania”.

Nacional e Peñarol, bem mais experimentados na disputa da Libertadores naquele ano, tiraram proveito do então estreante Cruzeiro. “Chegamos lá e tínhamos que treinar só no hotel, por causa do frio. Na calefação estava tudo bem, duro era quando abriam a porta do hotel. Vinha aquele vento frio. Treinamos no estádio só na véspera. O campo era pesado, quase um barro, porque ainda chovia. Não aguentamos a correria deles e perdemos os dois jogos lá. Por isso fomos eliminados”.

Hoje, segundo Evaldo, a Libertadores é uma vitrine. “Há transmissão, o torneio é atraente, os prêmios são bons, entra muito dinheiro e todo mundo quer disputar. Os clubes podem contratar bons jogadores, você tem qualquer informações sobre seus adversários. Ninguém é pego de surpresa”.

Nesta quarta-feira, contra o Deportivo Quito, Evaldo acredita que o Cruzeiro chegará à 60ª vitória na Copa Libertadores com certa facilidade. “Pelo que eu vi desse Deportivo Quito até agora, vai ser tranquilo. Sei que agora eles estarão jogando contra o Cruzeiro, tomarão mais cuidados, marcarão melhor, mas, pelo movimento grande de torcedores, pelo fato de o Adílson contar com todo mundo, acho que o Cruzeiro vão ganhar e ganhar bem”, disse. (UAI)

CURIOSIDADES DO CRUZEIRO NA LIBERTADORES:

Primeiro jogo:
19/2/1967 – Cruzeiro 1 x 0 Deportivo Galícia (em Caracas)

Primeiro gol:
Evaldo, contra o Deportivo Galícia, na vitória por 1 a 0, em 1967

Artilheiros:
Palhinha, com 13 gols, em 1976
Marcelo Moreno, com oito gols, em 2008
Palhinha é o maior artilheiro geral, com 20 gols (1975 e 76)

Quem mais jogou:
Goleiro Raul, com 40 jogos, em 1967, 1975, 1976 e 1977

Técnico que mais treinou:
Adílson Batista, com 15 jogos, em 2008 e 2009

Técnico com mais vitórias:
Zezé Moreira, com 11, em 1976

Maior série invicta:
Zezé Moreira, com 11 jogos, em 1976

Adversário que mais enfrentou: Boca Juniors (1977, 1994 e 2008)
Sete jogos, com três vitórias, um empates e três derrotas

Total de adversários: 36 clubes diferentes de 11 países

Jogos em Belo Horizonte: 46
37 vitórias, 6 empates, 3 derrotas, 114 gols pró e 36 contra

Jogos no exterior: 43
17 vitórias, 8 empates, 18 derrotas, 58 gols pró e 58 contra

Maiores goleadas do Cruzeiro:
20/5/1976 – 7 x 1 Alianza (Peru) – Belo Horizonte
10/4/2001 – 5 x 0 Sporting Cristal (Peru) – Belo Horizonte
20/3/1967 – 4 x 0 Deportivo Itália (Venezuela) – Belo Horizonte
12/5/1976 – 4 x 0 Alianza (Peru) – Lima
17/7/1977 – 4 x 0 Portugueza (Venezuela) – Acarigua
27/4/1967 – 4 x 1 Universitário (Peru) – Belo Horizonte
24/3/1976 – 4 x 1 Luqueño (Paraguai) – Belo Horizonte
4/4/1976 – 4 x 1 Olimpia (Paraguai) – Belo Horizonte
30/5/1976 – 4 x 1 LDU (Equador) – Belo Horizonte
21/7/1976 – 4 x 1 River Plate (Argentina) - Belo Horizonte
15/5/2001 – 4 x 1 El Nacional (Equador) – Belo Horizonte
17/5/2004 – 5 x 0 Concepcion (Chile) – Belo Horizonte

Maiores goleadas sofridas:
5 a 1 - Real Potosí, da Bolívia (16/04/2008)
3 a 0 - Independiente, da Argentina (06/06/1975)
4 a 0 - Estudiantes, da Argentina (07/04/2008)

2 comentários:

  1. SEM DUVIDA QUE E UMA HISTORIA DE VENCEDOR
    e nas maos do adilson sofremos as duas piores derrotas da libertadores
    5 x 1 para o potossi da bolivia
    4 x 0 para o estudiantes
    esse recorde negativo tem que debitar na conta do asno

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  2. É ZIRLEI


    2 DERROTAS A CARA DO AB, RIDICULAS.

    FORA O CHOCOLATE DUPLO DO BOCA!

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"Se todas as batalhas dos homens se dessem apenas nos campos de futebol, quão belas seriam as guerras".