quinta-feira, 25 de junho de 2009

RACISMO NO FUTEBOL MANCHA O JOGO DE CRUZEIRO X GREMIO

Eduardo Maluf: ‘Respeitamos o direito de um cidadão’

Diretor de futebol do Cruzeiro diz que o clube não poderia impedir Elicarlos de denunciar Maxi López, do Grêmio









Grêmio e Cruzeiro. A acusação de racismo acabou com o brilho da decisão...



Leia carta do presidente Zezé Perrella à torcida

O Cruzeiro Esporte Clube sempre teve o melhor relacionamento com o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. Relacionamento esse cordial e de respeito mútuo. Mas os questionamentos irresponsáveis feitos após o primeiro jogo da semifinal da Copa Santander Libertadores não podem ser aceitos para o bem do esporte.

A reprovável discriminação sofrida pelo jogador Elicarlos, temos certeza, não é aceita por ninguém em nosso país, nem mesmo pelo simpático e educado povo do Rio Grande do Sul. A diretoria do clube gaúcho e seu treinador, ao acusarem o Cruzeiro de provocar a confusão no estádio Mineirão, cometeram um enorme erro.

A denúncia de racismo feita por Elicarlos ocorreu em um lance registrado pelas câmeras de televisão de várias emissoras. Em uma discussão no meio do primeiro tempo, o atacante argentino Maxi López ofendeu o jogador do Cruzeiro, o chamando de “macaquito”. A reação de companheiros de Elicarlos comprova o absurdo desse caso. O meio-campo Wagner chegou a bater no próprio braço, em um sinal de que não aceitaria tamanha discriminação preconceituosa.

Mas Elicarlos, assim como todos os integrantes da diretoria e comissão técnica, entenderam que o melhor seria esperar pelo fim da partida para que o jogador ofendido pudesse se manifestar como um cidadão honrado. A decisão de se dirigir a uma delegacia de polícia para registrar a queixa foi tomada por um homem de origem simples e humilde, um direito que não pode ser tirado de nenhum ser humano.

Mesmo assim, agora estamos sendo acusados de termos provocado tal situação com o intuito de desestabilizar os adversários. Ora, se fosse nosso objetivo tirar proveito de uma barbaridade como essa, teríamos feito no intervalo do jogo, exigindo que o agressor fosse detido no vestiário. Depois de uma partida, na qual saímos vitoriosos, que benefício poderíamos tirar com uma ocorrência policial em estádio de futebol?

As cenas lamentáveis de bate-boca, insultos e atritos entre integrantes da delegação do Grêmio e autoridades policiais no Mineirão não teriam ocorrido se o jogador Maxi López tivesse seguido diretamente do vestiário para a delegacia, evitando constrangimentos para os companheiros.

Quanto ao senhor Paulo Autuori, respeitado e competente treinador, com três dignas passagens pelo Cruzeiro Esporte Clube, fica a pergunta: alguma vez ele participou ou testemunhou qualquer armação por aqui para que o mesmo agora se sinta no direito de fazer descontroladas acusações contra a nossa diretoria?

O que fica parecendo aos olhos de quem acompanhou todos esses absurdos é a intenção de pessoas provocarem um ambiente de hostilidade em Porto Alegre na segunda partida, programada para semana que vem. O Cruzeiro Esporte Clube não aceita que seja criado nenhum clima de guerra que coloque em risco a segurança de nossa delegação e torcedores.

Em Belo Horizonte, tivemos a preocupação, como é de nosso costume nos jogos em Minas Gerais, dar total garantia aos gaúchos durante a permanência de todos na capital mineira. Esperamos também que esse caso fique e seja decidido apenas na esfera judicial. Caberá a pessoas competentes definir o desfecho deste episódio lamentável.

Zezé Perrella
Presidente do Cruzeiro Esporte Clube

Maxi fala sobre caso de racismo e diz que foi fato "programado pelo Cruzeiro"
Do UOL Esporte
Em Porto Alegre
Conforme anunciara na chegada do Grêmio a Porto Alegre, o atacante argentino Maxi López concedeu uma entrevista coletiva no final da tarde desta quinta-feira, no estádio Olímpico, para falar sobre o fato de ter sido denunciado por ofensas racistas. O jogador gremista, segundo Elicarlos, do Cruzeiro, teria se referido a ele como "macaco", mas Maxi afirma que tudo foi uma armação feita pelo clube rival.

AE
AE
Maxi desconfia de armação por parte do clube mineiro
"Foi um ato programado pelo Cruzeiro, quando cheguei a Porto Alegre tomei ciência de tudo o que se armou", disse o avante argentino logo no começo de sua entrevista. Segundo essa visão, o clima de animosidade seria benéfico ao Cruzeiro, que está em vantagem na disputa por uma vaga à final da Libertadores.

Maxi López acrescentou que jamais usou de preconceito em qualquer situação, e que o episódio da desavença com o jogador do time mineiro não passou de uma discussão normal, no calor de um confronto decisivo.

"Eu estava 'peleando' pelos meus colegas de Grêmio, e no jogo a entrega é total, longe de ser um ato de preconceito racial, como se disse nos meios de comunicação", explicou Maxi. Em seguida ele fez questão de agradecer a todos no clube que foram solidários, não arredando pé do Mineirão enquanto ele prestava depoimento aos policiais. "Naquela hora baixaram - do ônibus onde já estavam - os jogadores, o corpo técnico e a diretoria", lembrou.

Maxi López comentou ainda que discussões em partidas de futebol são rotineiras e que deveriam se limitar ao campo de jogo, nunca ter consequências como a ocorrida nesta noite de quarta-feira. "Foi a primeira vez que entrei numa delegacia, e não por causa do futebol".

Por fim, o jogador do Grêmio comentou que sabe o quanto é difícil para um argentino trabalhar no Brasil, assim como para um brasileiro se adaptar na Argentina. "Já fui chamado de argentino disso, daquilo, mas são coisas do futebol, tem que morrer ali".

4 comentários:

  1. acho que o zeze falou tudo sobre o autuori e a direçao do gremio eu tenho a acresentar que isso e lastimavel nos dias de hoje ainda acontencer isso nos campos de futebol com colegas de profissao realmente lamentavel

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  2. Wagner manda recado para Maxi López: ‘Tem que ser homem e assumir’

    Meia afirma que Elicarlos foi chamado de 'macaco' pelo argentino

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  3. Sem espaço no time de Parreira, Tartá praticamente se despede do clube

    Jovem atacante se destaca em jogo-treino e afirma que vai buscar oportunidade em outro lugar, que deve ser o Cruzeiro

    Leandro Menezes e Marlos Bittencourt Rio de Janeiro

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    Ampliar Foto Agência/Photocâmera Agência/Photocâmera
    Jovem Tartá está perto de deixar as Laranjeiras

    A insatisfação de Tartá por não ser relacionado para o banco de reservas nos jogos do Fluminense é visível. Ele perdeu espaço no time e seu empresário, Reinaldo Pitta, abriu negociação com o Cruzeiro. Pelo discurso contundente, o apoiador parece mesmo estar se despedindo das Laranjeiras. Ele deixou claro que o seu lugar não é mais no Tricolor.

    - Se não sou mais útil aqui vou procurar onde eu seja. O meu estilo de jogo não se encaixou no esquema do treinador. Não me arrependo de nada porque tive muitas alegrias com outros treinadores, inclusive quando disputei a Taça Libertadores – afirmou Tartá, sem esconder a incompatibilidade com o técnico Carlos Alberto Parreira.

    O apoiador, que atuou durante o segundo tempo do jogo-treino contra o Tupi-MG, nas Laranjeiras, nesta quinta-feira, foi destaque na partida em que os titulares empataram em 0 a 0. Ele comentou o seu desempenho contra os mineiros e foi irônico ao comentar a perda de espaço no time de Parreira. A sua voz e o seu rosto confirmaram o aborrecimento.

    - Fiz um gol de pênalti que eu mesmo sofri e dei o passe para Kieza fazer o outro gol – disse Tartá.

    Ao ser perguntando se a negociação com o Cruzeiro poderia emperrar se Parreira voltasse atrás na decisão de reintegrá-lo ao grupo, ele acabou mordendo a isca e deu pistas de que está de malas prontas. Para ele, a incerteza nas Laranjeiras é grande motivo para deixar o clube.

    - O futuro é complicado, mas verei com o meu empresário. Se for para sair e seguir o meu caminho... – sentenciou Tartá, que ainda tem mais três anos de contrato com o Fluminense

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  4. Jornal e TVs dizem que Michael Jackson morreu, mas não há confirmação oficial

    Rei do pop foi levado a hospital de Los Angeles nesta quinta (25).
    Artista não estava respirando quando paramédicos chegaram.

    Do G1, em São Paulo, com agências

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    De acordo com o jornal "Los Angeles Times" e a rede de TV Fox News, o cantor Michael Jackson morreu nesta quinta-feira depois de ser levado às pressas para o hospital UCLA Medical Center. O site de celebridades TMZ e a agência de notícias Associated Press também deram a informação citando fontes próximas ao cantor.



    Ainda não há confirmação oficial.

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"Se todas as batalhas dos homens se dessem apenas nos campos de futebol, quão belas seriam as guerras".