quarta-feira, 4 de abril de 2012

Fifa diz que 1.500 pessoas já morreram vítimas da violência no futebol desde 1971



Cerca de 1.500 pessoas morreram em confrontos decorrentes da violência no futebol desde 1971, segundo a Fifa. E a entidade, que está pressionada por mais episódios recentes e ensaia uma tomada de atitude sobre o tema, diz que o número é o resultado de uma pesquisa que incluiu conflitos antes, durante e após os jogos de campeonatos de todos os níveis espalhados pelo mundo.

O número foi apresentado na última segunda junto do anúncio de algumas orientações do Comitê de Segurança e Estádios da Fifa para evitar tragédias como a mais recente do Egito. No início de fevereiro, 76 pessoas morreram em um conflito entre torcedores do Al-Masri e do Al-Ahli que refletiu a crise política que o país vive desde a deposição do ditador Hosni Mubarak, em 2011.

A tragédia em Port Said não está incluída na lista da Fifa, que compilou dados até o ano passado. As 1.500 vítimas da violência no futebol estão relacionadas a 60 partidas distintas, e os casos não envolvem tragédias esportivas como as mortes em campo do camaronês Marc-Vivien Foe e do brasileiro Serginho.

Além do número de mortos, impressiona também a quantidade de feridos envolvidos nestes confrontos: 6.200. Na lista estão incluídas grandes tragédias como as de Heysel, na final da Liga dos Campeões de 1985 (38 mortos) e Hillsborough, em um jogo da Copa da Inglaterra (96 mortos), ambos envolvendo a torcida do Liverpool.

No Brasil, os casos mais comuns de tragédias relacionadas ao futebol não têm proporções tão grandes, mas ainda assim a violência assusta. Segundo levantamento do Lance!, 155 pessoas morreram no país em brigas entre torcidas organizadas desde o fim da década de 1980.

Nos dois últimos fins de semana, por exemplo, dois palmeirenses e um torcedor do Goiás morreram em confrontos distintos contra facções de Corinthians e Vila Nova, respectivamente.

Do UOL, em São Paulo

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"Se todas as batalhas dos homens se dessem apenas nos campos de futebol, quão belas seriam as guerras".