sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

muito prazer CLEBER GLADIADOR



'Muito prazer. Kléber!' (20/02)
Antônio Melane - Estado de Minas

Os mais de 34 mil torcedores cruzeirenses que foram ao Mineirão, ontem à noite, ver a goleada por 3 a 0 sobre o Estudiantes, de La Plata, na estreia no Grupo 5 da Copa Libertadores, sabiam que o jogo seria nervoso, truncado, cheio de catimba dos argentinos. Mas estavam conscientes de que, apesar de todas as dificuldades e de algum sofrimento, o final seria feliz. Não erraram. Os 100% de aproveitamento na temporada estão mantidos, em oito jogos, e, mais importante, surgiu novo candidato a ídolo com a camisa celeste: Kléber.

E ele não fez cerimônia. Marcou dois gols, nos 14 minutos em que atuou. Poderia ter sido um momento mágico para o novo atacante celeste, logo em sua estreia, conquistando definitivamente o torcedor e mostrando o quanto será importante para as competições da temporada. Sem medo de desafios, encara os obstáculos de peito aberto. Foi para cima dos argentinos, mas não perdeu o rótulo de um dos mais geniosos jogadores do futebol brasileiro, criando problemas nos jogos, de tanto reclamar das faltas recebidas e ao cometer algumas faltas duras, além de não aceitar as marcações dos árbitros.

Ao fazer seu segundo gol, Kléber não aguentou de emoção e tirou a camisa, levando o cartão amarelo. Atendendo pedido do técnico Adílson Batista, que não gosta de ver o adversário sair jogando livre e exigia isso de Guilherme, o novato derrubou Verón, em falta normal de jogo, e recebeu outro amarelo, consequentemente seguido do vermelho. Em outras situações, o mundo poderia vir abaixo. Mas o jogador recebeu a punição com tranquilidade. E a torcida o aplaudiu intensamente.

Kléber reiterou a promessa de mudar o comportamento, que o levou a receber 15 cartões amarelos em 27 jogos pelo Palmeiras no Campeonato Brasileiro. Adílson manifestou a convicção de que o reforço construirá nova e bela história na Toca da Raposa. Pelo menos mostrou que será importante para um time que almeja o terceiro título da Libertadores, repetindo os feitos de 1976 e 1997.

No primeiro tempo, o time praticamente não existiu. Não conseguiu fugir da marcação do Estudiantes. Apenas a partir dos 35min, quando a torcida deu o grito, tudo começou a clarear, mas foi na segunda etapa que realmente ocorreu o que todos esperavam: eficiência no futebol, velocidade, mais luta e, sobretudo, gols. Mas também foi o período em que os argentinos mais ameaçaram, com duas boas jogadas logo no início. Henrique salvou uma e Fabrício, outra, ambas com Fábio já batido.

Pouco depois de Kléber substituir Thiago Ribeiro, Wellington Paulista recebeu de Fernandinho e foi derrubado pelo zagueiro Cellay na área. Pênalti, que Fernandinho cobrou com violência, à direita de Andújar. No segundo, em tabela rápida de Kléber e Wellington Paulista, o estreante chutou cruzado, no canto direito. Em seguida, Wellington Paulista encontrou Marquinhos Paraná pela direita e o volante, rapidamente, virou o jogo para o meio, onde Kléber entrava livre, para bater rasteiro, novamente à direita do goleiro. Apesar da expulsão, o Cruzeiro soube administrar o jogo e até criou chances para ampliar.

MORTE Antes do jogo, houve um minuto de silêncio, pela morte do jornalista argentino Sebastián Echeverría, de 30 anos, do jornal El Día, de La Plata, que veio a Belo Horizonte fazer a cobertura do jogo e foi atropelado, no fim da tarde, por um ônibus, na Avenida Cristiano Machado, próximo ao Minas Shopping.

Um comentário:

  1. o prazer e nosso gladiador seja bem vindo a china azul te recebe de braços aberto , sua expulsao nao foi justa , mais nao esquenta nao , eu quero ver esse time com cleber , ramires , sorin e anderson ninguem para da-lhe zero

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"Se todas as batalhas dos homens se dessem apenas nos campos de futebol, quão belas seriam as guerras".