domingo, 27 de setembro de 2009

Mineirão fechará em fevereiro e governo fala em verba do BNDES para reforma




Mineirão fechará em fevereiro e governo fala em verba do BNDES para reforma

Apesar de, inicialmente, ser uma das quatro cidades que iria reformar seu estádio para a Copa do Mundo de 2014 utilizando apenas dinheiro do governo estadual, Belo Horizonte já sinaliza com a possibilidade de aproveitar a linha de crédito que será criada pelo BNDES. O banco estatal irá disponibilizar um total de R$ 4,8 bilhões para reforma das arenas do Mundial, mas o teto estabelecido para cada uma delas é de R$ 400 milhões.

"A responsabilidade do Governo Federal especialmente em relação à mobilidade, à questão do metrô, que é hoje responsabilidade do Governo Federal; e a questão do aeroporto. Essas seriam as prioridades que foram já por nós apresentadas ao Governo Federal, nada impedindo que o BNDES, em especial, possa ser parceiro nosso, inclusive, na questão dos estádios", afirmou o governador Aécio Neves.

Além de colocar o Mineirão no rol de estádios que devem receber investimentos por meio da linha de crédito do BNDES, Belo Horizonte também definiu que o estádio será fechado para obras em fevereiro do próximo ano, antecipando assim o prazo limite estabelecido pelo Comitê Organizados Local (COL) e a Fifa.

"Ele já começará, em fevereiro, as obras estruturais do Mineirão. E, com relação à abertura, não tem nada definido ainda, mas é claro que Minas Gerais poderá [receber a partida inaugural]. No momento oportuno, o Comitê Organizador, junto com o Departamento de Competições da Fifa, irá analisar isso tudo. Mas, obviamente, Minas e o Mineirão terão uma participação grande dentro do contexto da Copa", disse o presidente do COL e da CBF, Ricardo Teixeira, em visita a Belo Horizonte nesta terça-feira.

Com a disputa acirrada para sediar o jogo de estreia da Copa de 2014, já que Belo Horizonte, Brasília e São Paulo sonham com este privilégio, Teixeira aproveitou para mandar um recado às cidades postulantes, principalmente à capital paulista, que tem recebido duras críticas da Fifa por conta do projeto de reforma do Morumbi.

"Tem de ficar muito claro que quando você postula fazer os jogos de maior importância, quer abertura, quer fechamento, automaticamente tem de tomar ciência que o seu estádio tem de ter o nível muito superior ao estádio que vai receber jogos normais. Não pode ir para o lado emocional. Isso é um fato única e exclusivamente técnico. É você cumprir o que está escrito ali. Não tem mistério", completou o presidente do comitê organizador




O governo se curva à CBF

O Ministério do Esporte comprará, instalará e manterá, com dinheiro público, claro, "sistemas de controle de acesso e monitoramento de imagens dos estádios" com capacidade para mais de 20 mil torcedores.

A portaria n. 124, publicada no Diário Oficial da União de ontem apresentou os nomes da comissão de licitação para a contratação da empresa especializada nesse tipo de serviço.

Oficial

A informação de que o Ministério do Esporte arcará com as despesas foi confirmada por sua própria assessoria de imprensa, mas ainda não se tem o valor total do projeto.

Trata-se da mais recente intromissão do Governo em negócios privados altamente rentáveis, como o futebol profissional.

Quem deveria estar cuidando do assunto, a riquíssima Confederação Brasileira de Futebol (CBF), nem sequer foi incomodada. Isso já demonstra o crescimento de poder do presidente Ricardo Teixeira, chefe da Copa de 2014.

Além do mais, com a disposição do governo de gastar dinheiro público a CBF fingiu-se de morta, como lhe convém, pois tem a certeza de que o torcedor-apostador pagará mais esta conta.

Torcida legal

A iniciativa do Ministério chegou com seis anos de atraso, pois essa exigência já era prevista no Estatuto do Torcedor (Lei n.10.671/2003):

Art. 18. Os estádios com capacidade superior a vinte mil pessoas deverão manter central técnica de informações, com infra-estrutura suficiente para viabilizar o monitoramento por imagem do público presente.

O artigo 37 previa, inclusive, a destituição de dirigentes no caso de desobediência ao Estatuto do Torcedor

Desmoralização

No entanto, o que aconteceu: ninguém cumpriu a lei, e o governo entrou em campo.

Por mais que se tente entender a medida é difícil aceitar um órgão do primeiro do escalão do governo tão omisso e frágil como o Ministério do Esporte para fazer cumprir a legislação.

Ora, se o Estatuto do Torcedor já previa essa medida, porque o ministro Orlando Silva não formou uma comissão para aplicar a lei?

Ao contrário, esperou seis anos, e no lugar da punição aos cartolas a eles mais uma vez se aliou.

Assim, diante da omissão de tantos, o governo assumiu a lei que sancionou e vai cumprí-la, no lugar dos clubes e da CBF.

Por José da Cruz



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5 comentários:

  1. eu sempre fui contra gastar dinheiro público em estadios de futebol , por entender que á muita carência em áreas de maior prioridade como saúde e educação por ex: máis se o estádio é do governo nada mais natural que o governo bancar , o que preocupa é as caixinhas , super faturamento , e todas essas falcatrúas que é muito conhecidas nesse mundo político , mais uma coisa é certa tem muita gente já gastando por conta tamanha á certeza que vão engordar suas contas bancárias

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  2. mais acho ridículo o governo bancar equipamentos de segurança para estádios particulares , se a lei obriga que a direção do estádio instalar e em vez do governo exigir que a lei seja cumprida ele banca tal procedimento ?

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  3. No momento, o Cruzeiro ocupa a 13ª colocação, com 35 pontos, exatamente 30 a menos que a pontuação do Palmeiras, em 2008. Como o time celeste ainda terá 36 pontos a serem disputados, em 12 jogos que faltam, o aproveitamento do técnico Adilson Batista terá de ser de 83,33% para atingir aquela marca.

    Esse percentual é muito superior ao que o Cruzeiro obteve até o momento, depois de 26 partidas, que é de 45%. A tarefa celeste passa a ser ainda mais difícil, quando se compara o rendimento da equipe em 2008, quando terminou o Brasileiro em terceiro lugar, com 67 pontos em 114 disputados. Na ocasião, o desempenho foi de 58,77%, igualmente inferior à atual necessidade cruzeirense.

    Independente do que os números indicam, os jogadores cruzeirenses não desistem. De acordo com o volante Fabrício, o time está "vivo". Ele considera que a boa performance longe de casa, nas últimas rodadas, pode dar moral ao Cruzeiro. "Estamos invictos há seis jogos fora de casa. Vamos tentar manter isso e melhorar no Mineirão. Vamos em busca da Libertadores, tem muita coisa para acontecer ainda", salientou.

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  4. esse negocio de copa do mundo no brasil , será apenas um embrólio para a politicagem deitar e rolar no dinheiro publico que devería ser destinado no bém estar sócio econômico da população vai investir bilhoes em estadios que mesmo sendo público é destinado a atividades particulares onde rende milhoes aos times e federaçoes e o governo não leva nada um estado pobre não devería estar se preocupando com estadios enquanto o déficit na saúde e educação são enorme , futebol é diversão mais um jogo de copa do mundo por mais simples que seja o jogo é coisa distânte para um pai de família que precisa arcar com suas despesas com um ou dois salários mínimo , sé é jogo para as elites as eltes que se cuide para patrocinar tais eventos e não o governo que devería destinar suas verbaspara o crescimento e bém estar da população .

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  5. O diretor de futebol do Cruzeiro, Eduardo Maluf, reconheceu que a arbitragem errou a favor do time mineiro na vitória sobre o Grêmio Barueri, por 1 a 0, sábado passado, na Arena Barueri, em jogo da 26ª rodada. No lance do gol, Gilberto estava em posição de impedimento.

    "Eu não tenho dúvida que o juiz errou. Naquilo que eu brigo, eu acho que continuo certo. O nosso nível de arbitragem está muito ruim e precisa melhorar", observou Eduardo Maluf em entrevista veiculada pela TV Alterosa/SBT.

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"Se todas as batalhas dos homens se dessem apenas nos campos de futebol, quão belas seriam as guerras".