segunda-feira, 16 de março de 2009

que saudades do fredy



Que saudades do Fred! (16/03)
Eugênio Moreira - Estado de Minas

América e Cruzeiro até que fizeram partida razoavelmente boa, mas ficaram devendo o principal: gols. Assim, no confronto entre a melhor defesa e o melhor ataque do Campeonato Mineiro, o Coelho levou a melhor. Mas o empate por 0 a 0, no clássico de ontem à tarde, no Mineirão, pela nona rodada, acabou não sendo bom para nenhum dos dois, sob o ponto de vista da classificação. A equipe celeste manteve a liderança, mas a vantagem para o Atlético, segundo colocado, que já esteve em sete pontos, caiu para apenas um. O Coelho, apenas em quinto lugar, corre o risco entrar em desvantagem nas quartas-de-final. Enquanto, em Belo Horizonte, seus dois ex-times não achavam o caminho do gol, no Maracanã, Fred marcava duas vezes em sua estreia no Fluminense, na vitória de virada por 3 a 1 sobre o Macaé.

O time do técnico Adílson Batista criou mais chances de gol, mas errou muito no último passe, na entrada da área, e nas finalizações. E deixou preocupada a sua torcida, porque empata pela segunda vez sem gols em casa e tem importante jogo quarta-feira pela Copa Libertadores, contra o Universitário de Sucre, também na Pampulha. Já o América, que na maior parte do jogo se preocupou mais em defender, também desperdiçou oportunidades de marcar, principalmente em contra-ataques.

O Coelho começou mais ousado, arriscando-se mais e criando boas jogadas ofensivas. A dupla de frente, Luciano e Bruno Mineiro, deu muito trabalho à defesa celeste. Logo no primeiro minuto, Bruno Barros cruzou da esquerda e por pouco o xará não alcançou de cabeça, para desviar para o gol.

A equipe celeste não demorou a reagir. Os jogadores encontraram a melhor colocação em campo e passaram a dominar. O rival ficou praticamente sem opção para sair de seu campo defensivo. Aos 12min, Elicarlos chutou de fora da área e, depois do desvio, Flávio espalmou para escanteio. Dez minutos depois, o mesmo volante cruzeirense finalizou mal, em boa jogada do ataque.

Apesar da ausência de jogadas mais agudas e de chances claras de gol, o jogo era movimentado, com poucas faltas. Os melhores lances do primeiro tempo ficaram para o fim. Aos 34min, houve boa troca de passes entre Sorín, Kléber e Soares, que finalizou. Flávio soltou a bola, mas se recuperou antes da chegada de Gérson Magrão.

O América, que se havia recuperado a partir dos 30min, também teve boa oportunidade, em cobrança de falta. Irênio rolou para Tucho, que mandou uma bomba à direita de Fábio. O goleiro saltou e desviou para escanteio, aos 37min.

MAIS PRESSÃO

O segundo tempo começou no mesmo ritmo. A primeira boa jogada foi do América, aos 6min, em contra-ataque puxado por Luciano, que, depois de tabelar com Bruno Mineiro, chutou à direita de Fábio. No lado celeste, mesmo com Wagner no lugar de Gérson Magrão, continuou a faltar criatividade ao meio-campo.

O Cruzeiro quase marcou aos 13min, quando Sorín dominou na área e tentou encobrir Flávio. O goleiro americano saltou e desviou para fora. A partir daí, a equipe azul passou a pressionar mais, em busca da vitória, e levou perigo ao gol adversário. Primeiro, em lance com Soares pela direita, no qual Kléber não fechou para concluir. Aos 23min, Wagner rolou para Soares, que teve o chute prensado. O armador pegou o rebote, mas chutou por cima, de pé direito. No minuto seguinte, a melhor oportunidade do jogo. Depois de boa troca de passes entre Camilo, Kléber e Soares, Jonathan recebeu sozinho na área e acertou a trave.

Apesar da pressão até o fim, o Cruzeiro não conseguiu o gol da vitória. Aos 39min, Wagner cobrou falta da esquerda e Leonardo Silva cabeceou com perigo, perto da trave esquerda de Flávio. Aos 43min, Fabrício, em outra falta, mandou a bola à direita do gol, com perigo. O América, depois de se preocupar mais com a defesa, arriscou no fim. Aos 45min, em contra-ataque, Tucho obrigou Fábio a espalmar. Chico Marcelo, no rebote, chutou mal, por cima.

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"Se todas as batalhas dos homens se dessem apenas nos campos de futebol, quão belas seriam as guerras".