sábado, 21 de março de 2009

Zezé Perrella pede a renúncia do presidente da comissão de arbitragem

Presidente celeste retoma polêmica sobre actuação de árbitro em clássico

GLOBOESPORTE.COM Belo Horizonte

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Zezé Perrella pede a renúncia do presidente da comissão de arbitragem

O Campeonato Mineiro seguiu em frente, mas a polêmica sobre a atuação da arbitragem na partida entre Cruzeiro eAtlético-MG, na quinta rodada, continua. Zezé Perrella, presidente da Raposa, escreveu nova carta destinada à Federação Mineira de Futebol e ao presidente da comissão de arbitragem, Lincoln Afonso Bicalho.

No documento, divulgado na página oficial do clube, o dirigente celeste pede a renúncia imediata de Bicalho. Caso este não se manifeste como esperado, o cartola espera que Paulo Schettino, presidente da FMF, assuma uma postura mais severa.

Confira a carta de Zezé Perrella na íntegra:

Carta aberta à Federação Mineira de Futebol e ao senhor Lincoln Afonso Bicalho



Foi com muita estranheza que o Cruzeiro Esporte Clube acompanhou a falta de reação diante das graves denúncias feitas contra integrantes da Federação Mineira de Futebol após o último clássico Cruzeiro e Atlético. Não ouvimos do senhor Lincoln Afonso Bicalho a mínima reação e indignação, comum às pessoas injustiçadas. Gostaríamos de crer que as denúncias contra o responsável pela escala de árbitros e à Federação eram infundadas e careciam de provas. Porém, diante da covardia dos acusados, só nos resta concluir que os mesmos estão aterrorizados e intimidados pelo acusador e por alguns membros de sua torcida, que foram à Federação com o único intuito de pressioná-la. Essa prática, que não é nova, foi usada com sucesso em 2007 pelo então presidente do Clube Atlético Mineiro, senhor Ziza Valadares.



O Cruzeiro Esporte Clube, diante de todos estes deploráveis acontecimentos e por entender que o senhor Lincoln Afonso Bicalho não tem a menor condição de continuar ocupando o cargo, pede que este renuncie imediatamente. Somente assim será possível manter a transparência, lisura e credibilidade que a competição exige. Os subordinados à V. Exa, depois de sua covardia, letargia e falta de comando na questão estão, sem dúvida alguma, intimidados e apavorados em apitar os jogos de Cruzeiro e Atlético. E essa insegurança pode ser fatal para o Campeonato. Caso o senhor Lincoln Afonso Bicalho não tenha coragem de renunciar, esperamos que o presidente da FMF, senhor Paulo Schettino, o demita imediatamente para o bem da competição e garantia da idoneidade que o cargo de confiança demanda.



Até aqui, esperou-se do presidente da Federação Mineira de Futebol uma postura firme em defesa da instituição, mas, lamentavelmente, isso também não aconteceu. Não podemos esquecer que a FMF foi acusada de “abrigar uma gangue”.



Está, portanto, nas mãos do senhor dar dignidade ao futebol mineiro.



José Perrella de Oliveira Costa

Presidente do Cruzeiro Esporte Clube

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"Se todas as batalhas dos homens se dessem apenas nos campos de futebol, quão belas seriam as guerras".